Wednesday, November 7, 2012
Metáfora.
Durante anos eu sempre usei uma metáfora de ser “fluido com as coisas" e sempre associe, (talvez por motivos até óbvios) ao curso de um rio. Curiosamente, hoje pela manhã, conversando com uma querida amiga, citei algo que já pensava a um bom tempo sobre essa mesma metáfora – “Se pararmos para pensar, um rio, às vezes precisa passar e se tornar uma cachoeira, para encher uma porção de terra e criar ou escolher um novo curso.”
No fundo de tudo isso, o que eu quis dizer, é que mesmo nas quedas, nos desencontros e desventuras da vida, existe um momento em que sentimos que estamos parados e começamos a nos cobrar aquela fluidez novamente, mas quando quietamos a mente e as cobranças é fácil perceber que ali, daquele ponto, daquela queda, existem tantas novas possibilidades e tantos novos processos, assim como a água que acabou de chegar ao fim da queda da cachoeira e enche um pequeno poço que quando houver a energia necessária encontrará o novo curso. A fala, que era minha, funcionava para ela, mas funcionava muito mais para mim. Pois, as vezes, a fluidez é construída dentro do estar parado, do estar aceito, do não estar em conflito. Talvez, aquele peso, da necessidade de sentir que tudo corre, de que há uma novidade a cada esquina e que tudo está em movimento, tire-nos a precisão de ver que ainda há, no silencio música e que mesmo enquanto parados existe algo na sua continuidade. O grande lance é que usamos as metáforas pela metade e as usamos meio que sem pensar. Por que talvez, pensando calmamente, mesmo que um pouco, a nossa resposta sempre esteve guardada ali, naquela metáfora que sempre utilizamos que compramos no nosso viver no mundo...
Mas nunca, paramos para realmente observar ou ler seu manual. E essa escrita é mais em tom de agradecimento e seu compartilhamento é pelo que tenho conversado com vários amigos durante essas semanas.
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